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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Prostrei me mais uma vez em meu quarto,sob forte tensão. Ja nao suportava a dor da separação,nem tanto ter que admitir que tudo havia acabado. Chorei muito ,debruçada na cama,com a camisa dele em meus braços.Pensei no tempo ,anos e anos,cometendo os mesmos erros...Ja nao me via mais uma mulher nova,com jeito de menina. Estava eu ,diante de mim mesma,virada ao avesso; um resto de mulher,totalmente debilitada. Enquanto isso,meu filho dormia ,inocentemente. Ja nao sabia mais o que fazer. Foi dai,que silenciosamente ele se apoderou de meu corpo frágil e meigamente disse: -  levanta,mulher...Nao te quero ver assim. Indolente pela dor,olhei para seus olhos negros e sorri. E ele abraçou me,chorando em meu ombro. Procurei  minhas lágrimas,e nao as encontrei. Haviam se dispersado pelo chão e secadas pela briza que adentrava a janela de meu quarto.Sussurrou em meu ouvido um nao sei o que e o afastei,lentamente. Inconformada,mas decidida,tive força para dizer-lhe: se tem que ser,que seja logo! E a dor latejava dentro de mim,minha alma gemia...quando o vi de malas prontas,se afastando,em direção a porta.-Se desistires e quiser voltar,nao demore muito. O amor acaba,porque nada é para sempre. Ele me olhou mais uma vez...hesitou,e quando ia abrindo a porta,olhou novamente para trás. Sorriu e correu para mim. Beijou me com força e me jogou no sofá. -Chega,né? To com fome,pow....Dei uma piscadinha e,seguida de uma gargalhada. Com certeza,nossa peça faria um sucesso.

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